Startup: 8 passos para começar a sua startup

Flexibilidade estratégica, autonomia de decisão, independência financeira, controle de tempo, home office – essas são algumas características da vida empreendedora que mais atraem as pessoas, principalmente as mais jovens. Startups, em especial, são uma das principais portas de entrada para o empreendedorismo.

Com a crise devido à pandemia, abrir o próprio negócio – ou, no mínimo, rever o modelo de negócio praticado – se tornou uma possibilidade para muitas pessoas, mais ainda para aquelas que já estavam de olho nas tendências de empreendedorismo para 2021.

Mas não é verdade que, para abrir uma startup, basta simplesmente querer. Sim, é verdade que começar um negócio do zero se tornou muito mais fácil, mas quando o assunto é abrir uma startup, não se engane, é preciso muito planejamento.

Se você ainda não tem muito noção de como esse mundo funciona, principalmente se você é ou quer ser um empreendedor iniciante, separamos 8 passos para começar uma startup.

1. Identifique uma demanda do mercado

Há uma ótima analogia para explicar esse passo. Durante um incêndio, o bombeiro não joga água em qualquer lugar onde há fogo, e sim direciona a mangueira para o foco. O mesmo para começar uma startup: não adianta oferecer serviços e/ou produtos desnecessários e tentar ganhar na base da quantidade, é preciso identificar as vontades do consumidor e oferecer aquilo que ele precisa. Boas soluções não são aquelas que funcionam para os empreendedores, mas para as demandas do mercado.

2. Avalia qual diferencial você pode trazer para atender à demanda

Uma vez identificando a demanda, o próximo passo é avaliar o que sua startup pode trazer de inovação para atender a ela. Você não está sozinho no mundo do empreendedorismo, o que significa que há uma pluralidade de competidores também pensando e investindo em inovação para as mesmas demandas. Pensando nisso, é necessário se fazer perguntas como: meu produto e/ou serviço tem mais qualidade? Atende melhor às necessidades dos clientes? O app é mais prático e responde melhor? O modelo de negócio é mais escalonável?

3. Faça uma pesquisa de mercado e analise a concorrência

E porque há competidores, é necessário conhecê-los mais de perto desde o começo. Crie uma tabela detalhada com todos os concorrentes do nicho, listando pontos fortes e fracos, modelos de negócio, elementos diferenciais etc. Da mesma forma, explore o nicho e faça testes, criando anúncios na internet (e-mail, site, blog) e nas redes sociais, rastreando o tráfego. E, por fim, faça pesquisas diretas com amigos, conhecidos, potenciais clientes, mapeando interesses e particularidades da demanda.

4. Delimite seu público-alvo

Depois de pesquisar bastante, você terá elementos suficientes para pontuar quem efetivamente é seu público-alvo. Reúna detalhes sobre esse público, traçando perfil sociodemográfico, hábitos de consumo, gostos e necessidades. Essa etapa é essencial para, mais para frente, entender que recursos de marketing serão direcionados para segmentos específicos, garantindo que as pessoas atraídas sejam de fato potenciais clientes.

5. Liste os recursos que vai precisar

Pensando na eficiência e no gerenciamento da startup, outro passo fundamental é listar os recursos que serão necessários para o negócio. Considere os gastos fixos, como o aluguel do escritório e os salários da administração, e os variáveis, como matérias-primas, comissões de vendas e marketing. Isso sem falar nos gastos diretos, como embalagens, se for o caso, e indiretos, como energia elétrica e salário de áreas como RH e financeiro.

6. Elabore um plano de ação

Podemos pensar todos os passos anteriores como momentos estratégicos da criação de uma startup. O passo atual é uma espécie de transição, uma vez que consiste no ponto máximo da estratégia e, ao mesmo tempo, na conversão da estratégia em ações e cronogramas que vão dar vida ao negócio. É a hora de refletir as atividades necessárias para alcançar resultados, estabelecendo prazos, metas e delegando funções para cada projeto específico da startup, buscando, assim, garantir um percurso sem erros e gastos desnecessários.

7. Desenvolva seu produto e/ou serviço

Neste ponto, se você tiver seguido adequadamente os passos anteriores, as coisas serão muito mais concretas. Para entender se o modelo inicialmente pensado funciona de fato – imagine um aplicativo, por exemplo – é preciso desenvolver um protótipo da tecnologia, identificando se há ajustes ou mudanças a serem feitos. É natural que essa fase leve algum tempo, o que é essencial para não lançar um produto problemático.

8. Coloque o produto da rua e divulgue

Produto e/ou serviço testado e pronto: é a hora de nascer para valer. Use todos os canais de divulgação possíveis – boca a boca, Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, blog/landing page, publicidade impressa, participação em eventos etc. Lembra do passo 4? Conhecendo seu público, direcione a publicidade estrategicamente para conquistar a lealdade de seus clientes e manter o interesse no seu produto e/ou serviço.

No final das contas, é verdade que uma startup não nasce sem uma ideia inovadora. Mas não se engane: é preciso se planejar, ficando de olho nas tendências, observando os competidores e analisando continuamente seu público-alvo para nunca esquecer que suas ideias e planos podem representar suas vontades, mas devem atender às necessidades dos seus clientes.