O que é uma startup e como conseguir investimento

Saiba mais sobre startups, suas diferenças em relação ao MEI e como aderir a esse modelo de negócios e conseguir investimentos

A palavra startup tem se popularizado nos últimos anos, e notícias sobre investimentos milionários em novos negócios se tornam cada vez mais comuns. Ao mesmo tempo, vemos o número de microempresas crescer exponencialmente, se tornando um modelo de renda para quem quer ser o próprio dono.

Em tese, os dois formatos têm muita coisa em comum, como pouco investimento inicial e possibilidade de crescimento, mas na prática eles têm propostas distintas. As startups são empresas emergentes que, ao contrário das MEIs, almejam lucro rápido, geralmente envolvendo soluções inovadoras.

Mas o que define uma startup?

Muitas vezes atreladas ao setor de tecnologia, as startups são, na verdade, modelos de negócio que podem ser replicáveis e escaláveis rapidamente. Ou seja, envolvem a criação de uma solução ou produto que tem potencial para ser vendido em larga escala no mercado. Alguns exemplos de sucesso no Brasil incluem o serviço de transporte 99Táxi, o site de imóveis Quinto Andar e o banco digital Nubank.

Entenda melhor o que são startups:

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=1Xa1c6kzM6M

Outra característica que define esse modelo de negócio é seu crescimento em larga escala, sem causar grandes impactos no custo de produção. Além disso, por conta de terem como objetivo criar algo novo, também são mais volúveis e incertas, e correm o risco de não dar certo.

Por isso, as startups geralmente contam com investidores externos, chamados de “anjo”, que apostam na ideia e se tornam os principais fornecedores de capital.

Mas como conseguir investimento?

Os investidores anjo são empresários ou empresas que buscam oportunidades de negócios, e encontram nas startups uma oportunidade de ampliar seu portfólio e receita. Em geral, eles apoiam financeiramente, mas também podem auxiliar com suas conexões no mercado e conhecimento do meio. Em troca, eles ficam com parte da empresa ou dos lucros, dependendo da forma como o apoio for negociado.

Com o potencial apresentado por esse formato de negócio nos últimos anos, muitas empresas têm desenvolvidos os chamados Corporate Venture Capital. O CVC nada mais é do que um fundo criado por grandes corporações com o intuito de investir em novas startups. Isso permite que companhias estabelecidas entrem em contato com inovações do mercado, e ampliem seu portfólio.

No mundo, o setor de CVC registrou um aumento de 142% em 2021, chegando a USD 169,3 bilhões.

No Brasil, uma pesquisa do BR Angels aponta que quase 50% das empresas querem criar uma CVC nos próximos 24 meses. Hoje, essa porcentagem é 27,1%. Ainda segundo o apontamento, o principal interesse das CVCs, cerca de 60%, é em startups em fase inicial.

A Telefônica Vivo é uma das mais novas empresas a entrar para o mundo das CVCs, com um aporte estimado em USD 320 milhões. Outras grandes corporações nacionais que se destacam como são o Itaú, que já investiu R$ 150 milhões em oito empresas este ano, e as Americanas, que criaram a CVC em abril e pretendem apoiar 20 startups em 2022.

Os unicórnios

O nome dado em referência as criaturas míticas representa os exemplos raros: empresas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares, antes mesmo de abrir seu capital na bolsa. São raras, e até 2022 somam apenas 900 no mundo todo. Aqui no Brasil, são 24 companhias com esse status, 10 surgidas apenas em 2021. Entre os principais exemplos de startup unicórnio estão o e-commerce de móveis MadeiraMadeira, o banco digital C6 e o aplicativo de academias Gympass.