Uma das consequências da pandemia é o surgimento de várias especulações sobre o futuro das dinâmicas demográficas das cidades. Em todo o mundo, diversas metrópoles experimentaram um esvaziamento populacional ao longo de um ano.
Se no começo esse parecia ser um fenômeno temporário, hoje há quem acredite que a pandemia pode impulsionar o êxodo urbano no futuro. No presente, o fato é que grande parte das pessoas está em home office há muito tempo – o suficiente para que a ideia de fugir para o interior não pareça tão distante assim…
Não é preciso pensar muito para entender. Quando o assunto é viver e trabalhar no interior, sem dúvida há uma série de prós e contras a serem levados em conta antes de tomar uma decisão. No entanto, em tempos de pandemia, fugir para o interior não é mais um grande desafio de adaptação cotidiana, afinal a vida agora se dá quase inteira dentro de casa.
Com a consolidação do trabalho remoto, é possível se estabelecer longe dos centros urbanos sem precisar se preocupar com o dia a dia burocrático dos escritórios e salas comerciais. A única preocupação segue sendo organizar o home office de forma produtiva. Além da saúde! É muito mais saudável quando se pode abrir as janelas para respirar o ar do interior, não é mesmo?
E se hoje os colaboradores e funcionários não têm mais um local definido para ir todo dia, é certo que farão o possível para continuar trabalhando de qualquer lugar depois da pandemia.
Os próprios empresários admitem a ideia de que o escritório deverá ser um espaço de convivência esporádico, usado para fins específicos, como treinamentos, teste de produtos, recepção de clientes etc.
Para os empreendedores, tudo isso e mais um pouco também se aplica. Com o aumento generalizado da presença online – o que inclui mais potenciais clientes em contato com os produtos (e por mais tempo) –, o momento se tornou uma oportunidade para aproveitar a flexibilidade estratégica e intensificar processos virtuais.
Mas o que a vida no interior durante a pandemia tem a ver com o empreendedorismo? Quem empreende está a todo momento com o lápis atrás da orelha garantindo que a conta fecha. Fugir para o interior é diminuir o custo de vida e de moradia, o que pode ajudar a viabilizar negócios que não saíam do papel.
Não dá para dizer se vai mesmo existir um grande êxodo urbano ou se as empresas adotarão rotinas totalmente remotas. O fato é que há uma tendência e, quem está na dúvida do que fazer, pode ter uma certeza: quem passa a viver no interior não quer fugir para a cidade.